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Depressão
Saúde Mental

Quais são os primeiros sinais de depressão? Veja tratamentos

Virtude Saúde
31/1/2024
8
minutos de leitura

E de repente o mundo se torna preto e branco. A cor das coisas parece não ser vista aos nossos olhos e o riso das pessoas já não soa tão bem aos nossos ouvidos. Só há uma espécie de vazio no peito, uma melancolia que vai e vem, mas que não parece nunca ir embora.

A depressão tem se tornado um sério problema de saúde pública. Especialmente entre os jovens, os últimos anos têm mostrado cada vez mais casos da doença. E enquanto se fala de mal do século, pouco ainda se sabe sobre prevenir, identificar e tratar a patologia.

O objetivo deste artigo é contribuir com informação, esclarecendo as principais dúvidas sobre a depressão de uma forma simples e direta. Compartilhar conhecimento é a melhor forma de difundir conteúdo sobre essa doença, contribuindo para atingir mais gente que precisa de ajuda.

O que é depressão?

Os primeiros sinais de depressão podem ser sutis, mas são cruciais para um diagnóstico precoce e tratamento eficaz.

A depressão é uma patologia psiquiátrica caracterizada por um sentimento de tristeza profunda e pessimismo com relação à vida. Essas características se mantêm frequentes e possuem forte tendência a comprometer a vida do indivíduo. Se tratando de uma doença crônica, a depressão não tem cura, mas o tratamento efetivo pode ser eficaz e atuar para combater e prevenir comportamentos auto destrutivos que podem surgir como consequência da doença.

Entender o que é depressão ajuda a desmistificar muitos preconceitos e estigmas associados à doença mental. Isso promove um ambiente mais aberto e acolhedor, onde as pessoas se sentem seguras para buscar ajuda e falar sobre suas experiências sem medo de julgamento.

Quais são os primeiros sinais de depressão?

O começo da depressão pode ser bastante diverso, influenciado pela personalidade, temperamento, acontecimentos que desencadeiam a condição, gênero e idade de cada indivíduo.

Os sinais mais frequentemente observados incluem: melancolia, perda de motivação, interesse diminuído e pensamentos de desesperança. É importante notar que tais sintomas da depressão permanecem por longos períodos, diferentemente da tristeza e da ansiedade.

Reconhecer esses primeiros sinais de depressão é essencial para buscar ajuda profissional e iniciar um tratamento adequado, que pode incluir terapia e, em alguns casos, medicação.

Leia também: Crise de pânico | sintomas da ansiedade

Principais sintomas da depressão

A maioria dos sintomas da depressão se assemelham à condição de uma tristeza rotineira. O diferencial da doença é a permanência dos sintomas tradicionais e a presença de outros sintomas mais mórbidos que levam risco direto à saúde e a continuidade da vida do indivíduo.

Além das alterações de humor que incluem tristeza constante e um sentimento de vazio que causa ansiedade, outro sintoma da depressão é a alteração da perspectiva do indivíduo perante os acontecimentos de sua vida, gerando perda de interesse pelos bons momentos da vida, além de uma compreensão pessimista e desesperançosa perante o futuro.

A depressão também atinge aspectos sociais da vida, afetando relacionamentos com a sensação de insuficiência, inutilidade e sentimentos de culpa frequentes. Quadros de dependência emocional também são comuns, uma vez que a depressão causa a sensação de vulnerabilidade perante os outros levando o indivíduo a se sentir um fardo para aqueles que estão próximos a ele.

Na questão física, a depressão gera abatimento e fadiga. O indivíduo não se sente disposto a realizar atividades rotineiras, em especial as de cuidado pessoal, demonstrando semblante cansado, muitas vezes acompanhado por uma linguagem corporal introspectiva e insegura.  Esse estado pode comprometer a tomada de decisões e a capacidade de concentração, que estão diretamente ligadas à vida familiar, amorosa e profissional.

Por fim, a depressão está diretamente atrelada a pensamentos autodestrutivos, que em casos mais leves podem gerar dependências, assim como o desenvolvimento de outros transtornos mentais e problemas de saúde, e nos casos mais graves fazem o indivíduo tramar contra a própria vida em tentativas de suicídio que infelizmente se concretizam muitas vezes.

Principais causas da depressão

Muitos fatores podem influenciar o desenvolvimento ou estar por trás de um quadro de depressão. Tanto próprios do indivíduo, quanto alheios a ele, a doença está atrelada a condições psicológicas, ambientais, genéticas e biológicas. Acontecimentos traumáticos também são fortes motivadores para o desenvolvimento da depressão, desencadeando emoções que quando não expressadas ou trabalhadas, podem acarretar danos à saúde mental.

Entre os principais causadores de depressão estão estresse e ansiedade rotineiras, bem como problemas em relacionamentos. Histórico familiar e transtornos psicológicos inatos também aparecem como grandes causadores, junto a problemas físicos como excesso de peso, sedentarismo e o consumo de alimentos processados.

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Diferença entre tristeza e depressão

A diferença entre tristeza e depressão é significativa e fundamental para a compreensão e o tratamento adequado de cada condição.

Isso quer dizer que a tristeza está geralmente associada a uma causa identificável, como uma perda significativa, seja de um ente querido ou até mesmo de um emprego.

Nesse sentido, um processo de luto se desenvolve de maneira natural, misturando lembranças positivas com sentimentos de tristeza em uma sucessão de emoções que vêm e vão e que tendem a diminuir com o passar do tempo.

Leia também: Síndrome de FOMO

Diferença entre depressão e ansiedade

A ansiedade se manifesta por meio de agitação, sensação de urgência e impaciência. Ela pode se tornar um distúrbio quando ocorre em momentos que não são justificáveis ou quando é tão intensa e duradoura que prejudica as atividades normais da pessoa.

Por outro lado, a depressão é uma condição que afeta todo o organismo, influenciando o estado físico, o humor e o pensamento.

Nesse contexto, a maneira de enxergar e sentir a realidade se altera, afetando as emoções, o ânimo, os padrões de alimentação e sono, e até mesmo a autoimagem da pessoa.

Leia também: Como controlar a ansiedade | Positividade tóxica

Tipos mais comuns de depressão

A seguir listamos os tipos mais frequentes de depressão. Cada um possui determinada similaridade com o outro, principalmente em relação aos sintomas e ao tratamento, mas ainda assim são diferentes quanto ao diagnóstico.

Depressão Maior

O transtorno depressivo maior é um tipo de depressão ligada a uma desordem hormonal que compromete o bom funcionamento psicológico. Está associado a eventos traumáticos e estresse rotineiro durante longos períodos de tempo, necessitando de suporte médico para o diagnóstico e tratamento correto.

Distimia

Tipo de depressão crônica caracterizada pela presença de um mau humor frequente, que muitas vezes é confundido com traço de personalidade. Os sintomas são leves e sua periodicidade deve durar ao menos dois anos para levar ao diagnóstico, possuindo sintomas tradicionais como a desesperança, a baixa autoestima e a insegurança nas relações com outras pessoas.

Depressão Ansiosa

Este tipo de transtorno mistura os sintomas característicos da depressão com os da ansiedade, com o quadro depressivo quase sempre sendo uma consequência de um quadro ansioso anterior. O transtorno reúne sintomas comuns a ambas as doenças, como irritabilidade, apatia, insônia e possui tratamento médico.

Depressão Psicótica

Este tipo de depressão é considerada grave, apresentando sintomas psicóticos como delírios e alucinações. Costumeiramente ocorre com pacientes que já possuem histórico de depressão longevo, podendo ser entendida como uma complicação do quadro, sendo necessário auxílio psiquiátrico para realização de um diagnóstico.

Depressão Pós-parto

A depressão pós-parto acomete mulheres que acabaram de dar à luz. Sintomas como tristeza profunda e apatia passam a surgir de dois a três dias após o nascimento da criança, durando por até dez dias. A doença põe em risco a saúde de mãe e filho, devido ao possível comprometimento da conexão entre eles.

Depressão Bipolar

No quadro do transtorno bipolar, as fases depressivas também constituem um subtipo de depressão. Os sintomas durante essas fases são semelhantes aos de um episódio depressivo padrão.

Depressão Atípica

A depressão atípica, em sua maioria, é caracterizada por quadros melancólicos nos quais o paciente manifesta predominantemente sentimentos de tristeza, pensamentos sobre morte, desesperança e inutilidade.

Além disso, existe um predomínio de falta de energia, cansaço, aumento significativo do sono e um estado de ânimo apático.

Depressão Sazonal

Um exemplo marcante de depressão sazonal é a sensação de tristeza associada ao inverno, devido à reduzida exposição à luz solar.

Há vários outros tipos de depressão sazonal vinculados a diferentes épocas do ano. Um exemplo são as festas de fim de ano, quando os níveis de estresse tendem a aumentar devido a reflexões sobre promessas não cumpridas e ansiedades em relação ao novo período que se inicia.

É importante estar atento a períodos de tristeza e desânimo que ocorrem em momentos específicos.

Depressão durante a adolescência

A depressão durante a adolescência compartilha os mesmos sintomas da depressão profunda. No entanto, uma distinção significativa é que, frequentemente, em vez de tristeza profunda, é comum observar irritabilidade.

A forma mais intensa de depressão é mais prevalente em adolescentes que também lidam com ansiedade, abuso de substâncias e até transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

Leia também: Vício em jogos | sintomas do TOC

Primeiros passos para lidar com a depressão

Lidar com a depressão, uma doença psicológica que afeta nossa autoestima e energia, pode ser desafiador. No entanto, é crucial compreender que o diagnóstico é o primeiro passo para o manejo e enfrentamento da doença.

Após receber o diagnóstico de um profissional de saúde, é importante se educar sobre a depressão e aceitá-la como uma condição tratável.

Embora as causas das mudanças de humor na depressão não sejam totalmente compreendidas, desequilíbrios nos neurotransmissores e fatores emocionais estão envolvidos, e há medicamentos disponíveis para restabelecer o equilíbrio do organismo.

Entender a natureza da depressão também ajuda a evitar sentimentos de culpa ou vergonha, pois é uma condição comum e complexa. Algumas pessoas podem achar difícil devido ao orgulho ou falta de conhecimento, mas é crucial aprender mais sobre a doença para lidar melhor com ela.

Tratamentos para depressão

O tratamento para depressão mais eficaz consiste no acompanhamento regular de um médico psiquiatra e de um psicólogo. Como se sabe a depressão afeta tanto nossa mente quanto o nosso corpo, por isso enquanto um psicólogo se encarregará de analisar e orientar o indivíduo para compreender os aspectos mentais de sua doença, o psiquiatra poderá efetuar o diagnóstico e avaliar o tratamento medicamentoso adequado.

Ter bons hábitos como uma rotina de atividades físicas e uma alimentação saudável e equilibrada podem favorecer o tratamento e prevenir a depressão. Outro ponto importante é o apoio afetivo familiar no acolhimento do problema através da empatia e da compreensão, agindo como base e força motivadora que permitem o indivíduo ter o incentivo para se restabelecer. Tratamentos alternativos como o reiki, a meditação, o yoga e a aromaterapia também podem complementar o suporte ao combate da depressão.

Em resumo, são várias as possibilidades de procurar ajuda, mas nenhuma supera a boa e velha terapia. A maior parte das pessoas só considera a terapia necessária quando já se tem algum tipo de problema relacionado com a depressão. Terapia é para todos e pode ser uma excelente ferramenta para prevenir danos a nossa saúde mental, uma vez que ela permite que você lide com seus problemas enquanto eles acontecem, sob a orientação de um profissional e com o suporte emocional que te permitirá ser mais resiliente.

Leia também: Estimulação Magnética Transcraniana (EMT)

Para mais artigos como esse, confira nossos outros posts nesse mesmo blog e se permita ficar melhor informado sobre tudo que envolve o universo da saúde mental. Conhecimento é válido em todas as situações, ainda mais quando tem relação com coisas que podem garantir sua qualidade de vida e bem-estar.

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